O uso do aço inoxidável no setor sucroenergético deixou de ser tendência para se tornar padrão de competitividade. Desde 1970 ele se consolidou como um aliado estratégico das usinas de açúcar e etanol.
A razão é simples: enquanto a cana chega carregada de areia e impurezas que destroem superfícies, e a moagem impõe pressões e atritos extremos, o inox responde com resistência superior e longa vida útil. Com a escolha correta da liga, problemas típicos como corrosão em frestas, pites e desgaste acelerado deixam de ser rotina.
Mais do que evitar falhas, o inox garante qualidade do produto final. O temido surgimento de partículas escuras no açúcar, resultado do desgaste do aço carbono, desaparece quando se adota o inox — protegendo a pureza do cristal e o valor comercial da produção.
Aplicações estratégicas
As usinas utilizam diferentes ligas de acordo com cada etapa:
410D: robusto em ambientes abrasivos e úmidos, como nas moendas e difusores.
316L: resistente à agressividade química da sulfitação.
444 e 304: aplicados em evaporadores, aquecedores, cristalizadores e secadores.
Na forma de chapas, o inox equipa mesas alimentadoras, esteiras, cozedores e difusores. Em tubos, aparece em linhas de evaporação e aquecimento. O resultado é eficiência energética e redução de paradas para manutenção, já que a superfície lisa e a resistência à corrosão permitem paredes mais finas, maior troca térmica e limpeza simplificada.
Um material em sintonia com a indústria alimentícia
Por ser inerte, o inox não altera sabor nem cor, dificulta a proliferação de bactérias e favorece condições de higiene elevadas — atributos indispensáveis para uma indústria que produz alimento.
Diante de tantos benefícios, a substituição de materiais convencionais pelo inox deixou de ser uma hipótese e se tornou um processo irreversível. O futuro das usinas passa necessariamente pelo aço inoxidável: mais eficiência, mais qualidade, mais confiabilidade.
Para aprofundar o tema, acesse: Abinox – Açúcar e Álcool