A história do aço inoxidável é uma jornada de inovação que começou há pouco mais de um século e rapidamente transformou o mundo moderno.
Tudo começou em 1913, quando o metalurgista inglês Harry Brearley tentava desenvolver um aço mais resistente ao desgaste dos canos de armas de fogo. Ao adicionar cromo à liga, descobriu que o material era surpreendentemente resistente à corrosão. Nascia o “aço inoxidável”.
Na década de 1920, o inox conquistou espaço nas cozinhas, com talheres e utensílios que substituíam os metais tradicionais, sujeitos à oxidação. Pouco depois, passou a ser empregado em arquitetura. O Empire State Building, em Nova Iorque, inaugurado em 1931, utilizou aço inox em seu topo, um marco da aplicação desse material em obras icônicas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a demanda por materiais resistentes e duráveis impulsionou novas ligas inoxidáveis, aplicadas em veículos, aeronaves e navios.
No pós-guerra, a utilização do inox se expandiu para setores como o químico, o petroquímico e o aeroespacial. Nos anos 1970, surgiram os aços duplex, que revolucionaram o setor de óleo e gás ao oferecerem resistência superior em ambientes marinhos.
Hoje, a pesquisa avança para ligas nanoestruturadas, mais leves, resistentes e até com propriedades inteligentes, capazes de se autorreparar ou detectar fadiga estrutural. No Brasil, o inox se consolidou a partir dos anos 1950 como um material essencial para a indústria pesada, a construção civil e o setor alimentício. Essa evolução demonstra como um material criado quase por acaso se tornou indispensável para o desenvolvimento tecnológico global.







