Em um setor onde a contaminação de um milésimo compromete resultados de milhões, o aço inoxidável é muito mais que uma escolha técnica — é um requisito estrutural.
Na biotecnologia, cada superfície em contato com células, reações químicas ou substâncias sensíveis precisa ser absolutamente estável, inerte e confiável. E é por isso que o inox, especialmente nas ligas 316L e 304L, é protagonista em laboratórios, reatores, instalações de purificação e sistemas CIP/SIP.
🔬 Por que a biotecnologia exige tanto dos materiais?
A biotecnologia moderna atua na produção de:
- Medicamentos biológicos (vacinas, anticorpos monoclonais, enzimas recombinantes)
- Insumos para a indústria farmacêutica e alimentícia
- Processos de fermentação controlada para pesquisa ou produção industrial
- Cultivos celulares em biorreatores de alto rendimento
Nesses ambientes, as exigências são extremas:
- Zero contaminação microbiológica ou química
- Compatibilidade com agentes de esterilização agressivos (como vapor puro, peróxido de hidrogênio ou soda cáustica)
- Superfícies lisas, polidas e de baixa rugosidade
- Estabilidade dimensional sob variações térmicas intensas
💡E onde o inox é utilizado?
Biorreatores e fermentadores
Câmaras em aço inox 316L com acabamento sanitário interno, resistência a produtos ácidos/básicos e compatíveis com autoclavação e esterilização por vapor.
Sistemas de tubulação e conexões sanitárias
Tubulações com soldas orbitais em inox 316L e conexões do tipo clamp ou SMS, projetadas para evitar pontos de acúmulo, permitir limpeza completa (CIP) e descontaminação (SIP).
Tanques de armazenamento estéril
Estruturas soldadas ou modulares em inox, com tampas pressurizadas, sensores integrados e compatibilidade com ambientes assépticos.
Estruturas de apoio e mobiliário técnico
Mesas, carrinhos, suportes, bancadas e divisórias construídos em aço inoxidável com acabamento escovado ou eletropolido, que não acumulam partículas e são resistentes a agentes químicos.
Vantagens práticas do inox na biotecnologia
- Segurança sanitária: não permite proliferação microbiana, não libera partículas, e é facilmente esterilizável.
- Durabilidade: ciclos constantes de esterilização não causam fadiga prematura.
- Repetibilidade: o inox mantém as mesmas propriedades físico-químicas lote após lote, ano após ano.
- Facilidade de validação: o uso do inox em equipamentos facilita a documentação para ANVISA, FDA e auditorias internacionais.
E por que outros materiais não atendem?
- Plásticos e polímeros: sofrem degradação com calor e agentes químicos fortes.
- Vidro: frágil, difícil de escalar para grandes volumes e menos resistente ao choque térmico.
- Aço carbono: totalmente inviável — oxida, contamina e se degrada rapidamente.
Conclusão:
Na biotecnologia, onde cada processo é validado, rastreado e testado ao limite, o aço inoxidável é a base física que garante estabilidade, segurança e conformidade.
Ele não interfere, não contamina, não reage — apenas cumpre sua função com precisão, ano após ano.
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